domingo, 18 de janeiro de 2009

Jogo de cores e volumes

Prenda oferecida à mana e ao cunhado no natal de 2007. Tirada à má fila a foto (numa loja de móveis) não sei absolutamente nada sobre autor ou simbolismo. Usei pasta de relevo espatulada, para obter o relevo, e tintas acrílicas.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

La Goulue - Toulouse Lautrec

Henri de Toulouse Lautrec (1864-1901) pintor francês pós impressionista, celebrizado pelas suas litografias e vida boémia.

Nasceu no seio de uma família aristocrática, recebeu educação artística e foi um menino normal até os 14 anos, quando sofreu um acidente e partiu o fêmur esquerdo. Menos de um ano depois, partiu o direito. Os traumatismos, aliados a uma doença óssea congênita atrofiaram-lhe as pernas e ele tornou-se praticamente um anão, com dificuldades locomotivas. Passou, então, a dedicar cada vez mais tempo à pintura. Infelizmente, à bebida também, e era nos bordeis que encontrava a maior parte da inspiração e onde passava as suas horas de ócio. Morreu prematuramente, ao 36 anos, sem ver a sua obra reconhecida.

Tive oportunidade de visitar o museu Toulouse Lautrec, em Albi, a sua cidade natal. Esta simpática cidade fica no sul de França, a 80 km de Toulouse, e em visita aos meus amigos de Toulouse, sabendo eles da minha paixão por pintores, fizeram-me a surpresa e levaram-me lá. O museu em si não tem nada de extraordinário, mas ainda assim gostei de ver um estudo original deste quadro lá pespegado. Muito maior do que este meu, que mesmo assim já mede 60x80 e foi uma encomenda de uma prima de Paris. Acrílico sobre tela, e quase um mês de trabalho. As letras foram o pior. Argh!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

terça-feira, 30 de setembro de 2008

MOODS

Tive a felicidade de ser convidada para expor algumas das minhas telas, como sabem. (Se não sabem, há detalhes aqui ).
Gostaria de poder contar com a vossa opinião para o livro de visitas virtual, que será impresso e encadernado tal como o livro de visitas que se encontra no local da exposição.
Se quiserem votar no vosso favorito, seria engraçado para depois divulgar o top da Blogosfera.
Este post vai ficar aqui durante todo o mês de Outubro, e vou actualizando com algum feedback da exposição real.
Obrigada a todos

domingo, 31 de agosto de 2008

Guardanapo Pascal

Uma caixinha que ofereci à minha mãe, na Páscoa há dois ou três anos. Forrada com papel de seda e recheada com uma dúzia de marrons glacé, feitos em casa. Não tentem, é um pesadelo! Leva dias, é extremamente delicado, é extremamente frustrante e gostava de dizer que ficaram extremamente bons, mas nem por isso...comiam-se! Se calhar foi por isso que mummy acabou por esquecer-se que a caixa estava recheada e ainda foram uns quantos para o lixo.
Mais uma aplicação de guardanapo sobre madeira. Passei previamente um branco baunilha acrílico, e depois entretive-me a colar os pedaços de guardanapo. Neste, tive ajuda da professorinha, que estava irremediavelmente apaixonada pelo pintainho (eu também, que este guardanapo é giríssimo) e quase não me deixou tocar no bichinho.

domingo, 3 de agosto de 2008

As mexicanas

Mais um sobre o qual nada sei, a não ser que o original se encontrava pendurado num quarto de hotel no México. Foi-me gentilmente cedida a foto por uma colega do atelier, que tirou a foto quando lá esteve a passar férias. Adorei as cores e como o facto de ser estilizado significava uma tarefa relativamente simples, resolvi fazê-lo. Data de 2006.
As flores foram giras de fazer, se bem que às tantas já as deitava pelos olhos! Acho que o mais complicado foi mesmo fazer o entrançado dos cestos e a figura central, com a sua camisa branca (que tive de sujar para conseguir sombras e fazer a gola) e os lenços, com as risquinhas. É sempre trabalhoso criar a ilusão dos vincos no tecido. O melhor conseguido é o da primeira figura, em tom rosa e riscas laranja e branco.

domingo, 27 de julho de 2008

'A pêga' - Claude Monet, 1872

Reprodução de tela do meu impressionista favorito, o grande, o inimitável, o mágico: Monet (1840-1926).
Descobri, durante o processo, que o mestre concluíu este quadro precisamente cem anos antes do meu nascimento...
Na descrição técnica desta tela, inscrita na obra 'Monet' (A Era dos Impressionistas, 1995) da editora 'Globus', pode ler-se: 'As paisagens nevadas são um suporte perfeito para as ideias dos impressionistas, posto que as sombras e os matizes da luz convertem o manto branco numa subtil sinfonia de matizes. Aqui vão desde os leves toques amarelos da zona iluminada no primeiro plano até aos azuis e violáceos das sombras.' O que não é dito é que estes efeitos matizados são extremamente difíceis de conseguir! Desisti umas trezentas vezes, e este pequeno quadro, de 25x20, levou mais de seis meses a ser concluído.
Está longe de estar perfeito. Está parecido. Ao longe. Assim que aproximamos a foto original do meu resultado saltam à vista mais mil e um detalhes que não consegui captar, ou que captei mal. Ainda assim, gosto do meu quadro de sacrifício. Precisamente porque sei a que ponto esteve perto de ser mandado para o lixo. A sua conclusão é uma vitória da persistência e devoção ao Mestre.
Atrevo-me a dizer que só mesmo um extraordinário copista conseguiria reproduzir na perfeição as pinceladas de Monet...
Diz Cristoph Heinrich, na sua obra 'Monet' publicado pela editora Taschen, que 'Claude Monet é o pintor da luz do dia, do ceú, da neve, das nuvens a reflectirem-se na água e o primeiro a pintar quadros quase completamente brancos. Ao longo da sua vida, mesmo nas suas últimas telas - os nenúfares -, ele acrescentou o branco às suas cores, retirando da sua pintura as tonalidades desvanecidas que, nesta natureza-morta, ainda dominam. Monet é o pintor da luz.'
Com tão poderoso comentário, que resta para dizer?
Mas voltarei a Monet, pois ele é inesgotável. E voltarei com fotos da sua casa de Giverny, onde tive o verdadeiro privilégio de visitar os maravilhosos jardins, com o lago dos nenúfares, pisar a famosa ponte japonesa, e entrar na sala estúdio de Monet. Uma experiência ímpar...